A vivência de um trauma gera uma experiência sensorial e perceptual intensas, comprometendo o ciclo de contato, o processo de ajustamento criativo, de formação de figura e fundo e, portanto, da autorregulação do organismo. Quando o cliente descreve uma experiência traumática numa sessão de terapia é possível que ative memórias implícitas conectadas em forma de sensações físicas, desregulação fisiológica, movimentos involuntários e emoções tais como desamparo, medo, vergonha e raiva. Muitas vezes o terapeuta não dispõe de recursos mais específicos para manejar essas reações verbais e não verbais. Desta forma é necessário que este busque uma compreensão clínica diferenciada do processo traumático e suas possíveis intervenções.
